terça-feira, fevereiro 28, 2006

Cogitando

La Pensée du Jour

Gripes, viroses, profilaxia e riqueza, saúde e pobreza, com superversão de "Dallas", em época de neo-coincineração.
Confesso que também estou engripado, mas daquelas de trazer por casa, e por isso, deitadinho na cama a ver as novas (?) TV, apercebo-me das homilias de segunda pós fim-de-semana cheio de cólera angolana, temperada com um pouco de hipocrisia persa (iraniana) e a carranquice do Hammas, q. b., por não tocar no "$orgaão" da UE, não vão as armas torcer com os varões mal assinalados por sufrágio inoportuno (?); com os franceses a dizimarem o H5N1, em plenas mini-férias lusas - até daria para visitarmos os nossos frères francious, aprendendo algo sobre profilaxia, não vá o erário público deste bocado de terra à beira mar plantado definhar e, a bem da nação, nos aparecer por aí uma estirpe de algibeira, que é dizer daquelas que, à portuguesa, nos levará o "$orgão" da UE, em jeito de mais uma seca de inverno, não vão as armas torcer com os barões mal assinalados ... .
Enfim, na minha rica caminha, lá vou eu vendo que, se apenas dá cólera a quem não tem água potável, nem infraestruturas sanitárias, então o Tarzan deveria ter morrido de uma valente diarreia, os ciganos (que me perdoem o oportuno exemplo) há muito estatriam extintos pela sobre exposição aos elementos da "natural" exclusão social, as camadas etárias mais novas assim expostas não poderiam sair à rua (não teriam incrementado a potenciação da produção de anticorpos) dado o seu imaturo desenvolvimento imunitário, os exageros antisépticos já nos teriam hiperdesimunizado, etc., etc. . Com a promessa de uma super adaptação, agora para cinema, da já esquecida série "Dallas", não vá o povinho deixar de idolatrar tão importantes personagens, autênticos ícones da coltura oxidental, tão cheias de petróleo que nem era preciso invadir Portugal, ..., sim, porque qualquer dia levam-nos o das Berlengas, isto se o Belmirinho não chegar lá primeiro com uma OVA (Oferta de Verdadeira Aquisição) em época de novo fôlego bolsista ..., com benção de comissões corporativas (cheias de tão brilhantes cabeças e valores erráticos) a olhar para novas Ofertas VA sobre as cimenteiras do futuro, onde já ficaram incinerados os relatórios técnicos independentes sobre tão polutas matérias ... ("isto só visto")!!!
Então, lá dei eu a pensar para comigo - la pensée du jour:
A higiene mais rica é a dos pobres!
A pobreza mais higiénica é a dos ricos!
A saúde menos rica é a pobreza!

domingo, fevereiro 12, 2006

Tiradas de Reflexão Pura

Recordando Agostinho da Silva, é com Amor que vos digo ...
Muitos se estão a recordar, por diversas razões, de ideia ou por factos que o justifiquem, o que é Agostinho da Silva no espectro do pensamento da portugalidade. Por isso também aqui eu digo recordando, mas apenas o posso fazer evocando o que, muito simplesmente, tenho aprendido com a efeméride, ao dever ler o que há já muito deveria ter lido, porque, isso sim, há já muito que sinto e penso o que este evocado Mestre nos tem para ensinar! Sobretudo acerca do que é ser português, nesse enlear do ser com o amar, e do existir, com tal enleio, numa como que constante procura de um Bem maior, a que qualquer mortal não se deve envergonhar de dizer Deus, ou Amor Eterno, ou Verdade Suprema ...! Tantos já percorreram este caminho cogitado, mas muito poucos o fizeram com a terrena humildade da sapiência humana, que é a do homem simples que, por sê-lo, só pode ser uno com a totalidade, constante submissão voluntária daqueles que vislumbram o horizonte intemporal da eternidade ...!
E porque sou livre para obedecer a esa Vontade, que é essência que imana em nós, assim manifesto esse Amor que dessa obediência irradia, e me sinto próximo de Deus. É assim que sinto, é isso que penso e, portanto, é assim que tento viver!
"Agostinho da Silva dizia haver três vias para chegar à eternidade de Deus: a que nos dá a inteligência, a que nos faculta a vontade e a que nos oferece o amor. (...) Obedecer depende da nossa decisão. Pensar é uma actividade espontânea e grata. Mas o amor é um sentimento que podemos experimentar ou não. Pode mesmo acontecer ... que não nos amemos a nós próprios. (...) Mas dever amar apenas nos pode levar a um comportamento objectivamente próximo do que seria um comportamento amoroso. Por de trás desse voluntarismo haverá sempre um vazio afectivo que quase roça a fronteira da hipocrisia. Somos por isso tentados a pensar que, em termos teológicos, o amor, tal como a fé, é um imediato Dom de Deus que lhe devemos pedir com a mais humilde das humildades".
Obrigado, AS!

sábado, fevereiro 11, 2006

Cogitando

Existir numa estreita linha de consciência ...!
Vou começar por onde se deve acabar: em última instância, ninguém tem a autoridade (de qualquer natureza) suficiente para afirmar a plena culpabilidade dos que não chegam a apreender a essência da vida orientada pela virtude.
O mesmo é dizer que, mesmo dentro da imputabilidade directa e objectiva, deve a psicologia forense tentar explicar que, nalguns casos que pode (e certamente já o fez) tipificar, muitos dos comportamentos que todos adoptamos no nosso dia-a-dia terão muito a dever à virtude que, os mesmos, apregoamos defender, em muitas das manifestações de que somos autores, na praça pública ou em circunstâncias mais ou menos privadas.
Por isso, ninguém pode dizer que este ou aquele acto que tenha praticado não é passível de ser avaliado na balança social, sobretudo aqueles actos que todos temos praticado e que defendemos ter origem numa aprendizagem sócio-cultural do meio onde nos desenvolvemos, de forma a crermos que, por esse facto exterior e superior a nós, não temos que prestar contas à nossa consciência ou à moral que dizemos seguir!

sexta-feira, fevereiro 03, 2006

O Republicanário

"Se Bem Me Lembro..."
São muitas as recordações que os acontecimentos do dia-a-dia fazem brotar de uma certa nostalgia inevitável, porque quem vive "de alma e coração" não risca as memórias da sua contabilidade existencial, só pelo facto de alguns dos seus "desideratos" (a que ninguém escapa) não caberem no cabedal das suas capacidades neuro-psicológicas ...!
Tenho que reler o "Admirável Mundo Novo", de Aldous Huxley, pois a procissão de "criancinhas" top alinement, de produção laboratorial político-partidária, enche o imaginário de quem atenta às novidades que brotam das fontes que ninguém gosta de referir como autoridade, já que esta não lhes está, normalmente, atribuída só pelo facto de que um sistema pseudo-democrático, de intenções gótico-electivas, os colocou num pedestal, de onde cairão um dia em desgraça ...!
Por isso, redigo o que aprendi com um mestre que, agora, anda um tanto mal referenciado na praça blogueira, talvez por super carpir esta res pública (?!), mas ... enfim, ... na História já não há criações originárias, no que se refere aos assuntos públicos. Ela dá sempre as mesmas voltas, em espiral de evolução. Porque não há esse tal fim da História. Há sempre um "devir"!

La Pensée du Jour

Andam por aí ventos de medo, que espalham a lusa paranóia da impotência congénita, que é como quem diz, as novas que já só dizem aquilo que já não interessa, porque entretanto se vai chegando a outras realidades que, estando a ser vividas, ainda não convém que sejam assumidas e, quando o forem, já não são realidade, mas serão, certamente, mais uma vez novas! ...?
Mas continuo pensando, ao acompanhar os spots das notícias que convém, em jeito de catarse analítica de um existencialista angustiado com os vómiots do sistema em que não se reconhece. Ou então, para filtrar os resíduos de tão incómodos estímulos, como os que nos estão a invadir o espírito de forma pouco discreta (secreta), mais vale revisitarmos o ideário do zodíaco, e pensarmos como será o celestial Aquário (fluviae potestam). Sem enchorradas!
Há segredos que só metem medo a quem os conhece!

quarta-feira, fevereiro 01, 2006

La Pensée du Jour

Agora sei porque queremos fazer como eles!

Todos os dias podemos, normalmente, observar factos que nos despertam a atenção, o interesse, a imaginação, ou tão somente a constatação de facto. Ainda hoje, ao estar ligado a um canal internacional da TV por cabo, dei de caras com um cerimonial evento ritualista da elite da administração Bush, em que, mais uma vez, como não pode deixar de ser, se vislumbram VI personalidades pela "cassetização" discursiva do líder, a quem imitam, até, na indumentária bancário-burocratizadora, exibida de cada vez que se levantam, com ímpeto talvez desmesurado, pelas majestáticas palavras neste profético ambiente proferidas.
Mesmo doutas personalidades, anichadas aos subjectivos desígnios que as fazem subservir e esquecer ancestrais queixas capitalizadas na côr da pele das raças que as contabilizaram ...! Mesmo na raia da geo-política, com presunções pseudo-académicas, sobretudo daquelas que as igrégias universidades europeias já começaram a identificar, há décadas, no itinerário da criação de mais um império ...!
Mas este espectáculo não deixa de nos ser familiar! Já o observamos um pouco por todo o mundo, e em especial também em Portugal! Percebo por que tão angélicas "carinhas" como as daqueles políticozinhos neófitos recém-aparecidos depressa aprendem a exibir-se com tão presençosas vestimentas, neo-uniformizadas pelos interesses já antigos de uma casta sócio-decadente em prestígio popular que é, como quem diz, legitimidade.Por isso, o meu pensamento do dia só pode ser este:
La pensée du jour: Quem anda na vida sem aprender, só vive por imitação!